O sistema do capitalismo e a lógica empresarial se instalou de uma maneira eficaz pois vem de uma ordem teológica, e não mercadológica. Ou seja, a cultura das organizações empresariais se valida por um padrão comportamental litúrgico e dogmático.
O ser humano aprendeu desde sua origem o conceito da Oikonomia, que é o conceito que conhecemos hoje como economia. E é nessa visão teológica de hierarquia e gestão soberana da vida que se pauta o paradigma teológico, com poder soberano a ser seguido e nessa vertente na relação terrestre nascem as diversas formas de reverência ao poder e ritos dentro de uma empresa.
É o conceito “oikonomia” de administrar pessoas, recursos, ter muita disciplina, seguir uma hierarquia para ser feliz. Então, seguindo a visão teológica, acreditava-se que se seguíssemos tudo a risca do que a Igreja mandava, alcançaríamos o reino dos céus. Dentro do ambiente de trabalho não é diferente: vou produzir muito, fazer todos os cursos, demandas e modismo do mercado para alcançar cargos superiores e um pertencimento na empresa ou na sociedade.
O ser humano vive numa busca incessante e isso traz o vazio glorioso. De tanto fazer e seguir à risca aquilo que é imposto chega um momento na carreira que se olha para trás e vem a sensação de um vazio interno.
Junto a isso, chegamos na análise da importância de conhecer quem é você mesmo, quem é o seu corpo, e o desejo do sucesso fabricado, não só pela empresa que se trabalha, mas também pela sociedade que moldou a maneira de trabalhar dessa maneira: o que é?