Quando se lembra que é com o corpo que podemos nos emocionar, pensar e ter a consciência do valor da vida e do contexto de mundo e que é com ele que criamos as regras, normas e valores que nos sustentam em sociedade, passamos a entender sua importância nos processos de comunicação e nas relações de trabalho.
Todo corpo nasce com objetivo de sobreviver, e para isso, é necessário se adaptar ao ambiente. Esse processo é constante e de grande complexidade que envolve emoções e sentimentos.
O corpo é percebido como uma máquina que recebe informações e carrega conteúdos. Ele troca informações com o ambiente todo o tempo, em um fluxo inestancável que não acaba nem com a morte biológica, pois mesmo depois que o corpo é declarado morto as transformações continuam ocorrendo.
Nossas emoções são responsáveis por esse fluxo, vivendo em troca constante com o ambiente, sempre mudando. Elas tem como propósito manter o equilíbrio e a sensação de bem-estar, por isso, desenvolve um conjunto regulatório consciente que produz a aproximação ou o afastamento, configurando o comportamento emocional.
Nosso corpo pondera a todo e qualquer instante entre conjunturas internas e externas para corresponder as suas reações aos acontecimentos. Portanto, ter emoções proporciona meios para a regulação e a manutenção da vida, criando codependência entre corpo e ambiente, promovendo a transformação entre ambos e coadaptação se torna uma condição de sobrevivência.